Comer, Beber, Viver
A relação do ser humano com a comida - qualquer ser humano - é emocional.
A gente aprendeu a relacionar alimento com afeto ainda pequenino, enquanto mamava. Ficávamos lá, aconchegados no peito da mãe, o estômago e o coração ficando quentinhos ao mesmo tempo.
Depois crescemos. Eu, numa família italianíssima, sempre soube que da cozinha da minha mãe saíam - e saem até hoje - grandes afagos.
Da cozinha da minhas avós também saíam cafunés aos montes. Dos fogões delas saíam irresistíveis chantagens emocionais às quais nós todos sempre sucumbimos.
Eu não tive a sorte ou a dedicação de ter aprendido a cozinhar como elas. Mas aprendi a comer. Minha mãe sempre instigou nosso paladar, e de suas generosas panelas sempre vinham deliciosas coisas diferentes, para as quais muitas vezes o resto da família torcia o nariz.
Mas minhas irmãs e eu aprendemos desde cedo a ter frutas na salada, que o macarrão com molho de vongole era tão legal, que ostras cruas eram uma maravilha. Claro, arroz, feijão, bife e ovo frito, que ninguém é de ferro. Eu tenho lembranças de ter comido na infância coisas como Língua, coração de boi e miolo empanado. Obviamente isso foi até eu descobrir o que era miolo, aí não deu mais.
Mas nós gostávamos, e na medida do possível sempre experimentamos tudo. O melhor do mundo a gente conhece assim: pela boca.
Então Saúde! Que nossos filhos tenham pais ricos, mães simpáticas e tias milionárias!
A gente aprendeu a relacionar alimento com afeto ainda pequenino, enquanto mamava. Ficávamos lá, aconchegados no peito da mãe, o estômago e o coração ficando quentinhos ao mesmo tempo.
Depois crescemos. Eu, numa família italianíssima, sempre soube que da cozinha da minha mãe saíam - e saem até hoje - grandes afagos.
Da cozinha da minhas avós também saíam cafunés aos montes. Dos fogões delas saíam irresistíveis chantagens emocionais às quais nós todos sempre sucumbimos.
Eu não tive a sorte ou a dedicação de ter aprendido a cozinhar como elas. Mas aprendi a comer. Minha mãe sempre instigou nosso paladar, e de suas generosas panelas sempre vinham deliciosas coisas diferentes, para as quais muitas vezes o resto da família torcia o nariz.
Mas minhas irmãs e eu aprendemos desde cedo a ter frutas na salada, que o macarrão com molho de vongole era tão legal, que ostras cruas eram uma maravilha. Claro, arroz, feijão, bife e ovo frito, que ninguém é de ferro. Eu tenho lembranças de ter comido na infância coisas como Língua, coração de boi e miolo empanado. Obviamente isso foi até eu descobrir o que era miolo, aí não deu mais.
Mas nós gostávamos, e na medida do possível sempre experimentamos tudo. O melhor do mundo a gente conhece assim: pela boca.
Então Saúde! Que nossos filhos tenham pais ricos, mães simpáticas e tias milionárias!